quarta-feira, 24 de junho de 2015

Manuque

Por Rafaela Fernandes

Quantas vezes Te abracei e ainda abraço na esperança de conseguir dormir...
Quantas vezes Te abracei para conter minha raiva e meus impulsos... Quantas vezes Já te apertei para conter o choro. E quantas lágrimas você já absorveu... Quantos segredos você já ouviu. Quantas vezes Chamei por alguém com você em meus braços... Na esperança que pudesse se transformar como tal.
Quantas vezes Desejei que pudesse falar e me aconselhar. Mas, quantas vezes já agradeci por isso não ser possível.
Quantas vezes tive alívio por tê-lo ao meu lado. Mesmo sabendo que você era apenas um bichinho de pelúcia.

terça-feira, 23 de junho de 2015

O que é preciso para ser feliz

Por Géssica Alvim 


Muitas pessoas saem por aí dizendo que são felizes. Será verdade? O que é ser feliz? Qual o segredo para ser feliz? Acredito que muita gente não saiba o que é, pois felicidade é algo que sente e as coisas que sentimos, são muito complicadas para explicar. Cada um tem um ponto de vista a respeito da frase "ser feliz". Eu vou tentar falar um pouquinho do meu agora.
Algumas pessoas acham que o segredo da felicidade está nas baladas, nas bebidas, nos bens materiais. Não sabem o quão enganadas elas estão. A "felicidade" até pode estar lá, mas saiba que esse tipo de felicidade é uma coisa superficial.
Talvez hoje, você esteja vivendo o dia mais feliz da sua vida e não sabe, porque vive procurando a felicidade em baladas, nas bebidas, nas festas, etc. Mas não encontramos a felicidade assim. Ela não se encontra em lugares ou em pessoas. ELA ESTÁ DENTRO DE VOCÊ! Muita gente diz que não é feliz (confesso: até eu já disse isso rs), mas a verdade é que somos felizes o tempo todo e não percebemos. Momentos bobos e simples tem um significado muito grande. Eles que escrevem nossa história. Todo o dia, pelo menos na maioria das vezes, estamos cercados de pessoas que complementam nossa felicidade com a presença delas e ao lado delas, vivemos sem perceber momentos incríveis. Sem falar que nós temos saúde, nós estamos vivos, nós existimos.
Não, eu não digo que você deve deixar de ir pra baladas, festas, bailes etc. Você deve ir sim! É ótimo distrair a mente de vez em quando, mas o que estou querendo dizer é que a felicidade que você procura não vai estar lá. Pois você já tem ela dentro de você. Tente viver todos os momentos simples da vida, pois ela é curta e não levaremos nada daqui no final. Então faça valer a pena! Problemas todo mundo tem, mas com o tempo, maturidade e paciência vamos conseguir driblá-los. Então... bora ser feliz?

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Desconectada: Uma semana sem celular

Por Lilian Braz


Era uma segunda feira, aula de literatura portuguesa. A aula até estava interessante, mas, você sabe, não dá pra ignorar o alerta de notificação do Facebook, WhatsApp e Instagram. Então, lá estava eu verificando a minha outra vida, a virtual, quando de repente aconteceu um desastre! Meu celular novinho, com apenas duas semanas de vida, caiu no chão sem cerimônia. Na hora que vi a tela rachada, doeu no coração, mas pensei "dá pra sobreviver com isso". O pior foi quando tentei ligá-lo. O display também foi pro espaço e aí o sangue desapareceu de vez do meu corpo. Não conseguia mais pensar em nada a não ser no fato de que estava desconectada do mundo. Já sabia que demoraria um tempo para consertá-lo então o pânico só aumentava.
Como vou encontrar minha carona no final da aula? Não tenho nenhum número decorado na cabeça. E no trabalho, como me comunicar com outros setores? Pior, como acordar sem o despertador do celular?! Um sentimento de nudez total me dominava. A professora a minha frente a essa hora falava grego. Nem me pergunte sobre o que foi a aula daquela segunda-feira.
Dali pra semana seguinte, não teve jeito, tive que voltar aos anos 90 e me adaptar a viver sem um telefone móvel. As experiências englobam uma série de sentimentos e aprendizados. A primeira foi a de conseguir dormir mais cedo. Normalmente, eu me deitaria na cama e ficaria uma hora tentando me despedir das pessoas pelo WhatsApp, ficaria fuçando a vida alheia no facebook ou tentaria achar alguma coisa de interessante na internet que prendesse minha atenção até que o sono chegasse. Como não tinha essa opção, apenas fechei os olhos e, antes que eu pudesse notar, já estava totalmente apagada.
Pela manhã, eu tinha unha marcada para fazer às 9h. Acordei às 7h20 e julguei ser cedo demais e que teria mais uma hora antes de me arrumar. Acreditei que meu botão "soneca" interno funcionaria e então dormi, dormi mesmo! Perdi a hora e, consequentemente, o tempo da minha manicure. E não pude nem ligar para pedir desculpas pela minha ausência.
Marcar encontros também ficou complicado. Uma amiga me chamou para almoçar em sua nova casa. Eu não sabia onde era. Seria fácil colocar o endereço no GPS do meu celular, porém, eu não dispunha da ferramenta, então combinamos de nos encontrarmos na ilha 03 da praia. Eu cheguei atrasada e ela ainda não tinha chegado. Esperei mais meia hora até que ela apareceu. Se ela tivesse demorado mais 10 minutos talvez não me encontrasse mais lá, eu teria achado que ela não iria, ou que foi e não me achou, e assim, nosso encontro se transformaria em um desencontro. Você fica inseguro na rua.
Mas, se ficar sem celular, tem seus pontos negativos, também tem o lado positivo: terminei de ler um livro que há meses carrego na bolsa para ler em momentos ociosos, como no trânsito ou numa fila, mas nunca conseguia porque estava sempre conferindo minhas redes sociais ao invés de adquirir cultura; não recebo ligações chatas do trabalho; ninguém fica buzinando incessantemente atrás de mim no trânsito quando o sinal abre, porque agora não tenho essa distração; meu pescoço não dói tanto por olhar pra baixo o tempo todo; passei a prestar mais atenção nas aulas, agora sei que a professora está falando sobre Camões.
Eu me pergunto quando foi que o mundo tornou-se tão dependente dessa pecinha pequena chamada celular. Estamos tão viciados que olhar o aparelho se tornou a primeira e a última ação do dia. Eu nem lembro mais como era a vida sem ele. De fato ele nos dá muita praticidade e mobilidade, mas nada em excesso é bom. Ao comprar devia vir com uma notificação de advertência tal como nas garrafas de bebidas alcoólicas: Aprecie com moderação.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Old Yellow Bricks & O Mágico de OZ

Por Débora Machado


A música "Old Yellow Bricks" que pertence à banda britânica Arctic Monkeys faz uma alusão ao livro "O Mágico de OZ" de L. Frank Baum. Podemos perceber a presença desta intertextualidade, já no título da música "Old Yellow Bricks" ou "Velhos tijolos amarelos" que refere-se ao caminho percorrido por Dorothy até a Cidade das Esmeraldas, local governado pelo Mágico de OZ. É neste caminho, pela Estrada de tijolos amarelos que Dorothy encontra os que se tornariam depois seus companheiros de jornada, o Espantalho, o Lenhador de lata e o Leão.

Quando Dorothy e seus três amigos chegam à Cidade das Esmeraldas, o porteiro informa que todos precisam utilizar um óculos especial, pelo fato da cidade ser de esmeraldas muito brilhantes, o que poderia causar cegueira sem a utilização do óculos.
No decorrer da história eles descobrem que o Mágico de OZ na verdade é um farsante e que a cidade não é realmente de esmeraldas, o que a faz parecer desta forma são justamente os óculos. Neste momento podemos perceber uma crítica a sociedade, à alienação da população, que enxerga tudo da forma que seu governante deseja. O trecho abaixo faz referência a esta alienação contida no livro, mas que nos serve também na atualidade.
"Who wants to sleep in the city that never wakes up?
Blinded by nostalgia"
"Quem quer dormir na cidade que nunca acorda?
Cega pela nostalgia"

No trecho descrito abaixo, diz que Houdini, a garota da música, desistiu de tentar lutar contra a alienação e de encontrar seu caminho de volta.
"She said I want to sleep in the city that never wakes up
And revel in nostalgia"
"Ela disse que quer dormir na cidade que nunca acorda
E deleitar-se em nostalgia"

Mas o verso seguinte "But Dorothy was right though...", que tem como tradução "Mas Dorothy estava certa mesmo..." nos mostra que devemos fazer como Dorothy. Este verso refere-se mais especificamente à frase utilizada por Dorothy na versão cinematográfica, já que assim que ela consegue retornar para casa, diz: "Não há lugar melhor do que nosso lar". E Dorothy sabia que por mais que tivesse gostado de OZ e feito amigos por lá, seu lugar não era ali.



Old Yellow Bricks

Old yellow bricks
Love's a risk
Quite the little escapologist
Looked so miffed, when you wished
For a thousand places better than this

You are the fugitive but you don't know what you're running from
You can't kid us and you couldn't trick anyone
Houdini, love, you don't know what you're running away from

Who wants to sleep in the city that never wakes up?
Blinded by nostalgia
Who wants to sleep in the city that never wakes up?

She was enraged by the way
That the emperors put traps in the cage
And her days she being dull
Lead to nights reading beer bottles

You're such a fugitive, but you don't know what you're running from
You can't kid us yeah you can't trick anyone
Houdini, love, you don't know what you're running away from

Who wants to sleep in the city that never wakes up?
Blinded by nostalgia
Who wants to sleep in the city, that never wakes up?

You're at a loss, just because
It wasn't all that you thought it was

You're the fugitive, but you don't know what you're running away from
She said I want to sleep in the city that never wakes up
And revel in nostalgia
I know I said he wants to sleep in the city that never wakes up
But Dorothy was right though...



Tradução: Velhos Tijolos Amarelos

Velhos tijolos amarelos
O amor é um risco
Como a pequena fugitiva
Parecia tão irritada, quando você desejava
Por milhares de lugares melhores do que esse

Você é a fugitiva, mas você não sabe do que você está fugindo
Você não pode nos enganar e você não conseguiu enganar ninguém
Houdini, amor, você não sabe do que você está fugindo

Quem quer dormir na cidade que nunca acorda?
Cega pela nostalgia
Quem quer dormir na cidade que nunca acorda?

Ela estava furiosa pelo jeito
Que os imperadores colocaram armadilhas na jaula
E seus dias foram ficando entediantes
Passava noites lendo rótulos de cerveja

Você é uma fugitiva, mas você nem sabe do que você está fugindo
Você não pode nos enganar e você não conseguiu enganar ninguém
Houdini, amor, você nem sabe do que você está fugindo

Quem quer dormir na cidade que nunca acorda?
Cega pela nostalgia
Quem quer dormir na cidade que nunca acorda?

Você está derrotada, só porque
Não foi tudo aquilo que você pensou que seria

Você é uma fugitiva, mas você nem sabe do que você está fugindo
Ela disse que quer dormir na cidade que nunca acorda
E deleitar-se em nostalgia
Eu sei que disse que ele quer dormir na cidade que nunca acorda
Mas Dorothy estava certa mesmo...




O HOMEM DA MINHA VIDA

Por Masterson Nunes da Silva 

Como eu poderia resistir a este homem? Desde o primeiro momento que ele falou comigo, sua voz ressoou não só na minha mente, mas também no meu coração. Ele disse as palavras que eu necessitava ouvir de alguém que mostrasse tamanho interesse por mim, por isso me entreguei aos braços dele. Sua mão é forte, seu braço é forte, seu abraço é quente. Sua presença me faz satisfeitíssimo. É um prazer sem descrição. Na cama, então, ele é quem ouve as minhas últimas palavras do dia. Palavras essas que são de agradecimento, por ele está ali deitado comigo. Homem da minha vida. Aquele que sabe como me satisfazer sem que reste quaisquer carências. Ele é tudo para mim: Jesus Cristo.

Deleitar-se

Por Fernanda Albuquerque


Que tal pararmos? Que tal relaxarmos? Tomar um copo de leite E talvez entregar-se ao deleite.
Digo nunca depois de um talvez Que deveria logo de uma vez Ser um sempre E não mais que de repente Agente de pura insensatez.
Que tal pararmos?! Que tal relaxarmos?! Sem pensar no pesar E com o doce do fel Amarguramos o mel.